sexta-feira, 16 de abril de 2010

Edição 06 - 17 de abril de 2010

Ele cospe ou engole?

Tribunal investiga Prefeito por pedofilia

Procuradoria Geral de Justiça protocolou dois procedimentos investigatórios para apurar eventuais crimes cometidos pelo prefeito Paulo Neme (PTB). Em um dos casos fala-se em sexo oral em troca de presentes

Prefeito Paulo Neme (PTB)

O assunto não é novidade na cidade de Lorena, muito se fala sobre a eventual opção homossexual do prefeito Paulo Neme (PTB), e de sua preferência por garotos jovens.

Já tramitava na Justiça em Lorena processos que tratavam do assunto, porém o acesso aos casos é restrito às partes interessadas, o “segredo de justiça” impede que o cidadão tenha maiores informações, o que também alimenta na cidade uma infinidade de versões para os fatos.

O caso de maior repercussão sobre o assunto foi quando a Revista Época publicou em sua edição eletrônica de 30/09/2008 (http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI13752-15223-1,00-O+PREFEITO+ACUSADO+DE+PEDOFILIA.html), matéria do repórter Flávio Machado que esteve em Lorena, e entrevistou algumas pessoas entre elas uma enfermeira que, segundo suas palavras, seu sobrinho na ocasião com 12 anos teria sido levado até a casa do prefeito, e ele haveria tentado fazer sexo oral no garoto.

A matéria trazia ainda uma entrevista feita com o delegado de polícia Dr. Willy, que confirmava a existência de casos homossexuais do prefeito.

Como exemplo de suas afirmações, o delegado lembrou o caso quando o prefeito sofreu uma tentativa de assalto na porta de um caixa eletrônico. Um rapaz encostou-o na parede pedindo dinheiro. O prefeito caiu e quebrou o braço. “Prendemos um rapaz de 16 anos que confessou ter abordado o prefeito para cobrar uma dívida de favores sexuais. Disse ainda que a queda fora acidental.”

No relato, ainda segundo o delegado, o garoto disse que havia recebido um ‘vale tênis’ mas a loja não aceitou, porque o prefeito já estaria devendo cerca de R$ 18 mil no estabelecimento. O delegado contou ainda que liberou o rapaz com o compromisso de tomar o depoimento no dia seguinte, mas que algo aconteceu antes disso. “O garoto negou toda a história. O prefeito foi até lá e não o reconheceu. Ficou por isso mesmo. Fiquei sabendo depois que a mãe dele trabalhava na Prefeitura”, concluiu o delegado.

Outras pessoas que preferiram não se identificar ao repórter da revista também contaram histórias muito parecidas.

O que mudou desde a publicação da matéria até hoje, foi o fato da Procuradoria Geral de Justiça entrar no caso e passar a investigar o prefeito Paulo Neme (PTB), e isso pode ser comprovado com o extrato do Tribunal de Justiça que demonstra que existem neste momento duas investigações sobre o assunto, além de outros 29 processos e mais três que tramitam em segredo de justiça, totalizando 32 processos no Tribunal da Capital, sem contar os que tramitam em Lorena.

Procuramos o advogado particular do prefeito, Dr. Roda, que naquele momento afirmou desconhecer a existência dos dois novos casos, e inclusive solicitou o extrato que tínhamos em mãos para copiar os números dos processos, e poder interar-se sobre o assunto, e que preferia não se pronunciar sobre os casos.

Os processos do Prefeito Paulo Neme (PTB) que tramitam no Tribunal de Justiça na Capital podem ser acessados por qualquer cidadão através da internet, veja aqui o tutorial

1º passo:
Acesse so site do Tribunal de Justiça

2º passo:
Clique em Consulta de processos

3º Passo:
Uma nova tela irá se abrir e lá você deve rolar a página para baixo e clicar no local indicado

4º Passo:
Uma nova tela irá se abrir, altere na caixa de diálogo para NOME DA PARTE

5º Passo:
Na caixa de diálogo já alterada para NOME DA PARTE, digite o nome que deseja pesquisar e clique em PESQUISAR


6º Passo: Uma nova tela irá se abrir onde estarão listados os processos. Para se obter os detalhes de cada um clique em cima do número do processo desejado e pronto.



Tem macuco no embornal

Mais um empresário confirma que recebeu e não fez a Feira Regional do Turismo

O empresário Gustavo Coura Guimarães, durante seu depoimento na CEI da Feira de Turismo

O empresário Gustavo Coura Guimarães da cidade de Piquete, que necessitou de um estímulo da Justiça (conforme noticiado na edição passada), para prestar depoimento na Comissão Especial de Inquérito – CEI, que apura o desvio de verbas federais do Ministério do Turismo, foi categórico em afirmar que recebeu da Prefeitura de Lorena, em 02/12/09 a importância de R$ 76.500 mil, e não forneceu equipamentos, ou algum tipo de serviço para a realização da Feira Regional de Turismo.

Assim como já havia ocorrido no depoimento do empresário Germano Constantino Batista, proprietário da empresa Globo do Brasil de Araraquara que recebeu da Prefeitura R$ 85.500 mil, supostamente pela realização do mesmo evento, Gustavo afirmou que o dinheiro recebido por ele também teria sido pela realização da Lorenvale.

Perguntado por que a Prefeitura havia pago para sua empresa aquela quantia, Gustavo disse que a licitação para realização da Lorenvale havia sido ganha pela empresa Vale Rodeio, e que esta teria repassado para ele o serviço, e por esta razão ele teria recebido o pagamento. Apesar de estar acompanhado pelo advogado Dr. Arnaldo Regino Neto, que raramente se manifestou, a resposta do empresário coloca claramente que a Prefeitura de Lorena desrespeitou a Lei das Licitações e pagou por um serviço a uma empresa com a qual não tinha contrato, ficando clara a má fé de quem ordenou um pagamento para uma empresa sem contrato com uma verba disponibilizada pelo Governo federal para outra finalidade

Seguindo em seu depoimento o empresário Gustavo entregou ao presidente da Comissão, vereador Élcio Vieira Junior (PV), uma relação dos materiais e serviços que ele supostamente teria fornecido para realização da Lorenvale, muitos deles coincidentemente, são os mesmos que a empresa Globo do Brasil também alega ter fornecido, demonstrando que, ou houve duas Lorenvales, ou alguém está mentindo.

Após a entrega da relação de bens e serviços, foi perguntado ao empresário se ele possuía notas fiscais que pudessem comprovar a existência dos equipamentos, e se efetivamente pertenciam à sua empresa. Estranhamente ele disse não ter notas fiscais, e nem mesmo se lembrar de quem os comprou e quanto pagou pelos equipamentos.

Ainda aparentemente sofrendo de um súbito ataque de amnésia, o empresário não se lembrou nem mesmo se mandou fazer cartazes, publicidade em rádios, jornais, ou carros de som, que estavam previstos no contrato para divulgação da festa, e mais ainda disse que apesar de receber R$ 76. 500 em nome da empresa Vale Rodeio, não se recorda com quem fez o negócio na Prefeitura.

Terminado o depoimento do empresário, o advogado do Prefeito Paulo Neme (PTB), Dr. Roda perguntou ao empresário se em seu ramo de negócios era comum esta informalidade, referindo-se ao fato de equipamentos e serviços serem negociados, ainda que por empréstimo sem a emissão de notas fiscais. Sem perceber o que acontecia o advogado do empresário mais uma vez permaneceu calado, e permitiu que seu cliente respondesse ao questionamento dizendo que esta uma atitude normal entre empresas do ramo, o que segundo a legislação do ICMS no Estado de São Paulo, configura crime fiscal, já que até mesmo nas operações de simples transporte de bens é obrigatória a emissão de nota fiscal.

Logo no início do depoimento o Dr. Roda, mais uma vez tentou alegar que a ausência dos vereadores Galão (PMDB) e Rogerinho 100% (PDT), tornaria a CEI nula, mas o presidente da Comissão não acatou o argumento.

“A cada depoimento está ficando mais claro que a verba destinada à Feira Regional de Turismo foi de fato desviada. Os dois empresários que receberam o dinheiro prestaram depoimentos contraditórios e difíceis de se acreditar. E mais lamentável ainda é a posição adotada pelos vereadores da base governista que apesar de convocados se recusam a comparecer nas audiências, quem sabe se mais a frente, o Ministério Público não interprete isso como prevaricação, vindo a causar problemas jurídicos para os dois”, disse Élcio Vieira Junior.

Troca troca na saúde

Depois de ser acusado pelo Prefeito, o vice Marcelo Bustamante acusa prefeito de ignorar aviso sobre irregularidades no contrato da empresa Sollus

O ex-secretário e vice prefeito Marcelo Bustamante (PTB) e o advogado particular do prefeito Dr. Roda

O que parecia ser apenas mais uma dessas falcatruas tão comuns na política, tomou destino diferente nesta semana após o depoimento do vice-prefeito e ex- secretário municipal de saúde Marcelo Bustamante (PTB).

Convocado para depor na Comissão Especial de Inquérito – CEI, que apura desvios e o caos que se instalou na saúde pública de Lorena, o vice-prefeito disse em seu depoimento que havia encaminhado ao prefeito Paulo Neme (PTB), uma planilha que apontava que pelo menos R$ 50 mil estavam sendo cobrados mensalmente por serviços que não eram prestados.

A informação surpreendeu ao presidente da Comissão, vereador Dr. Martinho (PSB), que perguntou ao ex-secretário se ele não tivera acesso ao relatório elaborado pela atual secretária de saúde, e pelo então secretário de negócios jurídicos da prefeitura Dr. Roda, que apontavam a responsabilidade do secretário de saúde nas irregularidades apontadas na execução do contrato com a empresa Sollus, como serviços cobrados e não executados, excesso de pessoal e a cobrança de cursos não realizados.

Surpreendentemente o ex-secretário disse que não participou da elaboração de nenhum relatório e não tomou conhecimento do teor do mesmo. Esta versão do ex-secretário é difícil de acreditar, já que sua esposa, a vereadora Dra. Lorane Bustamante (PTB), assim como os demais vereadores, recebeu uma cópia do relatório.

Finalizando seu depoimento o secretário admitiu que assinava os cheques para pagamento junto com o prefeito, mas que toda a documentação mais detalhada sobre a execução do contrato era enviada pela empresa Sollus diretamente para a Secretaria de Finanças e ao Jurídico da Prefeitura.

Presente na sessão, e inexplicavelmente sentado ao lado do ex-secretário, estava o advogado particular do prefeito Dr. Roda, que em alguns momentos o assessorava em suas respostas, e foi ele que a partir do relatório da atual secretária de saúde Dra. Elisangela, fez o parecer que apontava as irregularidades no contrato, onde acusa como responsável por desvios e irregularidades o ex-secretário.

Perguntado se sua posição ali naquele momento agindo daquela forma não era incoerente com o parecer que ele havia assinado, Dr. Roda disse que em seu relatório não citava nominalmente o ex-secretário Marcelo Bustamante, mas “o secretário” seja ele quem fosse à época.

O relatório que aponta as irregularidades na execução do contrato com a empresa Sollus, analisa o período em que estiveram à frente da Secretaria Municipal de Saúde, o Sr. Fernando Resende e o Dr. Marcelo Bustamante.

Curtas e Boas

A verdade sempre aparece
Apareceu mais uma vez, e desta vez foi no site do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Estamos cansados de dizer, Pedofilia é crime.

Lei da física
Para toda ação existe uma reação de força equivalente em sentido contrário. Podem escolher a música que nós dançaremos.

Releitura
Marcelo Paraná, Marcelo Pazzini e Cláucio Areco na cozinha é o que se pode chamar de uma nova leitura para a expressão massa fresca.

Momento Alfredo traz o Neve
Se algum dos cientistas políticos de plantão acessar o site do TSE, irá perceber que o ex-prefeito de Lorena, Aloísio Vieira (PSC), já está liberado para ser candidato.

Calendário Maia
Com a notícia da liberação do ex-prefeito pelo TSE, já tem gente torcendo para que a profecia Maia se concretize, porque serão apenas dez dias após da data prevista para o fim do mundo, que para alguns, de fato o mundo vai acabar.

Quem tem, tem medo
A Assembléia Legislativa de São Paulo realizou esta semana um mega evento contra a pedofilia. No evento além dos deputados, estavam presentes prefeitos, vereadores e representantes de diversas cidades. Lorena não foi representada no evento.

Terceira via
A eleição para presidente da Câmara de Lorena que poderá ocorrer em julho, para posse em janeiro, parecia até segunda-feira polarizada entre dois vereadores de apelidos “inho”. Mas após a varada n’água dos micro-cefálicos palacianos, acometidos por um ataque de hidrobidefalite (água de bidê na cabeça), um terceiro “inho” surge forte e com possibilidade de levar a disputa, dizem que ele entra na parada com seis votos, cinco mais o dele.

Tudo voltou ao normal
Com a soltura do ex-governador de Brasília, não há nenhum político preso por pedofilia, corrupção ou desvio de verbas no Brasil.

Um comentário:

Andre disse...

Com certeza essa investigação não vai dar em nada! A prefeitura de Lorena tem uma advogada contratada que é esposa de um desembargador,o paulo neme deve empregar parentes de juízes e promotores, além claro de parentes de vários vereadores e isso o povo de lorena que é tão "gente boa"( votou nesses canalhas), com certeza não tem inteligência para ver a gravidade disso!! Resta o tempo passar e torcer para um político menos tranqueira surgir, enqunato isso o povo de Lorena "duro" e os seus governantes "nadando" em dinheiro! Que beleza!!!